O Dia Mundial da TB foi lançado, em 1982, pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra TB e Doenças Pulmonares
(International Union Agaist TB and Lung Disease - IUATLD).
A data foi uma homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do
bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, por
Dr. Robert Koch. Este foi um grande passo na luta pelo controle e
eliminação da doença que, na época, vitimou grande parcela da
população mundial e hoje persiste com 1/3 da população mundial
infectada: 8 milhões de doentes e 3 milhões de mortes anuais.
O Dia Mundial de Combate à Tuberculose não é uma data para
comemoração. É sim uma ocasião de mobilização mundial, nacional,
estadual e local buscando envolver todos as esferas de governo e
setores da sociedade na luta conta esta enfermidade. É o marco
fundamental de uma campanha que dura até o fim do ano corrente, fator
fundamental para a intensificação das ações de controle da doença.
No Brasil a situação persiste também grave, com 72 mil casos
notificados em 2009 e 4,7 mil mortes por ano. Cada paciente pulmonar
bacilífero (BK+), se não tratado, pode infectar em média 10 a 15
pessoas por ano. A tuberculose infecta pessoas em todos os países do
mundo, tanto ricos como pobres. A pobreza, desnutrição, más condições
sanitárias e alta densidade populacional são fatores que contribuem
para que o agravo se dissemine e se transforme em doença. Apenas
alcançando as metas de detecção de no mínimo 70% dos casos de
tuberculose e cura de 85% destes casos é que o controle da doença
realmente se dará e suas taxas começarão a diminuir gradativamente em
5% ao ano.
No Ceará no ano de 2009 tivemos uma incidencia de 45,6/100000hab com
3804 casos novos de tuberculose, uma cura de 70% e um abandono 7,6% e
uma taxa de mortalidade de 3,1/100000hab. Diante do exposto a SESA vem
ao longo do anos trabalhando para melhorar esses indicadores através
de: Priorização política (orçamento do tesouro estadual e PAM) ,
Ampliação das parcerias (criação dos comitês metropolitanos, parceria
com o CESAU), Articulação com o Programa Estadual de DST/Aids, LACEN,
Sistema Penitenciário, FUNASA, Universidades e outras instituições
governamentais e não governamentais, atenção primária dentre outras,
monitoramento e avaliação nas CRES, elaboração de plano de trabalho
anual, reuniões tecnicas, elaborações de normas técnicas, criaçaõ de
comite metropolitano da tuberculose, e capacitações em TB para
profissionais de saúde e lideranças comunitárias (em 2010 realizamos
26 eventos de tuberculose e capacitamos mais de 2000 pessoas).
"A maior doença hoje não é a tuberculose, é antes o sentimento de não
ser desejado." Madre Teresa de Calcutá
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