domingo, 16 de janeiro de 2011

Quase um quarto dos brasileiros sofre de depressão pós-férias, mostra estudo


Você acaba de voltar das férias e já sente uma falta de energia inexplicável, dores no corpo e um desânimo enorme ao cumprir suas obrigações? É bem provável que você esteja com depressão pós-férias, mal que aflige 23% dos brasileiros, segundo estudo realizado pela Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil), instituição voltada para a investigação e gerenciamento do estresse.

Você já sofreu de depressão pós-férias?


A pesquisa contou com 540 profissionais de 25 a 60 anos de idade, residentes em São Paulo e em Porto Alegre, com uma média de tempo de trabalho de 12 anos.

Entre os participantes com diagnóstico de depressão pós-férias, os sintomas mais comuns foram dores musculares, incluindo cefaleia (comum a 87% deles), cansaço (83%), angústia (89%) e ansiedade (83%). Do total, 68% afirmaram usar medicamentos e 52% citaram o consumo de álcool como forma de aliviar o mal-estar.

A depressão pós-férias não deve ser confundida com o desconforto da segunda-feira, ou após um feriado prolongado, que produz sintomas menos intensos e duradouros, segundo a presidente da Isma-BR, Ana Maria Rossi.

Os profissionais mais vulneráveis à depressão pós-férias, segundo o levantamento, foram os de finanças, saúde, informática e aqueles que estão fora de sua área de formação.

De acordo com Rossi, o mal-estar na volta ao trabalho não costuma durar mais do que duas semanas, tempo que corpo e mente levam para se readaptar à velha rotina.

Mas os sintomas são um indicativo de descontentamento com o ambiente de trabalho ou com o próprio ofício. A pesquisa mostrou que 93% das vítimas de depressão pós-férias se sentem insatisfeitas profissionalmente; 86% não veem possibilidade de promoção ou desenvolvimento; 71% consideram o ambiente de trabalho hostil ou pouco confiável; e 49% têm conflitos interpessoais no local de serviço.

Outro ponto detectado é que, quanto mais tempo no mesmo emprego, maiores as chances de sofrer de depressão pós-férias. “Muita gente sabe que o trabalho lhe faz mal, mas não sai por causa do salário ou de algum outro tipo de benefício”, descreve. Essa relação de dualidade traz muita culpa e angústia, principalmente quando não há perspectivas de mudança: “Quando a pessoa sabe que o sofrimento é temporário, pois decide que vai ficar naquele trabalho só até cumprir determinada meta, fica mais fácil lidar com a insatisfação”, pondera.

Busque compensações

A especialista ensina que, no mundo ideal, a solução mais adequada para o problema seria buscar um emprego que proporcionasse mais satisfação. “Mas a gente sabe que isso não é tão simples”, admite.

A saída, então, é buscar compensações para a falta de motivação, procurando os amigos, dedicando-se a algum hobby prazeroso ou fazendo algum trabalho voluntário. “Sentir-se gratificado e saber que sua colaboração tem valor é importante até para manter a sanidade”, justifica.

Fracione as férias

Outra maneira de reduzir o risco de depressão pós-férias é fracionar o período de descanso. Rossi garante que os benefícios da medida já foram comprovados em pesquisas do Isma e de outras instituições. No entanto, a legislação brasileira só permite que a pessoa divida as férias em no máximo dois períodos de 15 dias.

A especialista acredita que pelo menos três pausas de dez dias são o ideal, pois exigem menor mobilização para deixar as coisas em ordem antes de sair e evitam o acúmulo de pressões e demandas. “Quando o efeito da pausa anterior passa, a pessoa já tem um novo período de descanso”, relata.

Não adie o descanso


Se você é do tipo que ama o que faz ou é viciado em trabalho, as férias podem até ser motivo de estresse. Nesse caso, o conselho é conciliar o período de descanso com algum curso. Como ressalta Rossi, deixar de fazer pelo menos uma pausa ao longo do ano prejudica muito a produtividade. E isso é algo que nem você, nem a empresa para a qual trabalha, vão querer que aconteça.

Consumir mais do que 1500 mg de sal por dia é prejudicial à saúde

De acordo com a American Heart Association o consumo de sal deve ser drasticamente reduzido, devido aos vários efeitos prejudiciais do sódio. Uma quantidade diária superior a 1500 mg pode ser considerada muito prejudicial. À medida que a quantidade de sal ingerida aumenta, a pressão arterial também se eleva, assim como os riscos que essa condição traz à saúde. O excesso de sal também pode causar doenças no coração, rins e coágulos sanguíneos. Autores de um alerta publicado pela associação afirmam que “Até mesmo uma redução modesta em consumo – digamos 400 mg por dia – produziriam benefícios substanciais”.

O problema é tão sério que essa associação prevê que 90% dos americanos vão desenvolver hipertensão. Nos Estados Unidos, atualmente, o consumo de sal é o dobro da quantidade recomendada. Alimentos processados e refeições em restaurantes contêm 77% dessa quantidade, por isso, o governo americano e a American Heart Association se uniram em uma iniciativa que trabalha com a indústria alimentícia. O objetivo é reduzir a quantidade de sódio em alimentos vendidos em restaurantes e também em alimentos empacotados. “Nós estamos dando aos consumidores a liberdade de selecionar comidas que possam permitir que eles acatem às recomendações quanto ao sódio e melhorem sua saúde cardiovascular”, diz Ralph Sacco, presidente da American Heart Association.

Médicos alertam para risco das dietas de desintoxicação

As dietas de desintoxicação, que prometem livrar o organismo de agrotóxicos e melhorar o metabolismo, não passam de enganação, dizem especialistas.
Esses regimes, populares no verão, elegem alimentos e receitas que seriam capazes de "limpar" o fígado.
São poucos dias de um cardápio radical, com muito líquido, frutas e combinações duvidosas --como limão com água morna ou pimenta.
"Dieta de desintoxicação é um dos maiores mitos que eu conheço. Nenhum cardápio desintoxica o fígado", diz Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Segundo o médico, uma das funções do fígado é justamente transformar substâncias nocivas em neutras.
Além disso, a comida, mesmo que em grandes quantidades, não é tóxica, de acordo com Marcio Mancini, endocrinologista do Hospital das Clínicas de SP.
"Não ficamos intoxicados depois de festas em que comemos muito. Nosso organismo compensa os excessos. Podemos nos intoxicar apenas com drogas, medicamentos, álcool ou metais pesados, mas é a longo prazo."
Uma dieta de "detox" radical, que exclua grupos de alimentos, pode causar anemia, deficiência de vitaminas e, pior, intoxicar o fígado.
"O chá-verde, em excesso, é comprovadamente tóxico", afirma Paraná, da Sociedade de Hepatologia. O chá é um dos ingredientes mais usados no "detox".

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A psicóloga Mana Mendonça, 34, já fez dias de "detox" só com líquidos, mas sua receita preferida é a de um suco verde, que ela bebe todos os dias pela manhã.
"Vai couve, pepino, cenoura, maçã e linhaça. No começo, eu achava bem ruim e fedido. Hoje acho gostoso."
Ela acredita que a bebida tira as toxinas do corpo e ajuda a emagrecer. "Eu me sinto leve e, quando não tomo, sinto diferença. Meu intestino não funciona direito."
Para a homeopatia, apesar de o organismo eliminar toxinas, dietas de desintoxicação são necessárias.
"O açúcar refinado, a gordura que ingerimos, tudo isso dificulta a eliminação de substâncias nocivas. A intoxicação impede a saúde plena", afirma Carlos Alberto Fiorot, presidente da AMHB (associação de homeopatia).
Para o nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, essas dietas só têm efeito psicológico.
"A pessoa toma mais líquidos, come frutas, o intestino funciona melhor e ela tem a sensação de que está se desintoxicando. Mas não serve para nada."