O CERE Pe. José Alves de Macedo convida a comunidade escolar para participar da II CONFERÊNCIA ESCOLA QUE PROTEGE, no sábado letivo dia 26 de fevereiro, a partir das 7h30min, no auditório da escola.
Esta atividade letiva faz parte das comemorações pelo Dia da Mulher, mas também marca a implantação do Projeto Escola que Protege.
Consiste na abertura de espaço para aprendizagem e debates sobre os direitos das crianças e adolescentes, bem como as questões que envolvem violência e proteção. Assim como, tratar de temáticas relacionadas à mulher.
Já estão confirmadas as presenças dos professores César Holanda e de Kacilda Nunes, do Prof. e Enfermeiro Hildson Leandro e do Psicólogo Carlos Prado como palestrantes.
Participem!
* BLOG DA ESCOLA CEREPJAM
QUE ESTE ESPAÇO SIRVA DE UM EFETIVO E EFICAZ INSTRUMENTO DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO E DIVERSÃO
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
VACINA CONTRA DENGUE PODE CHEGAR PRIMEIRO AO BRASIL
Considerada uma vacina para atacar uma doença comum em países pobres,
multinacionais buscam locais onde possam compensar seus investimentos
Noventa anos após iniciados os primeiros estudos, a vacina contra a
dengue entra na fase final de preparação e o Brasil pode ser o
primeiro país a recebê-la. Em março, executivos da empresa francesa
Sanofi Pasteur desembarcarão em Brasília para propor ao governo
federal um acordo para que o País tenha prioridade na distribuição do
imunizante.
A corrida pelo Brasil não ocorre por acaso. Considerada uma vacina
para atacar uma doença comum em países pobres, multinacionais buscam
locais onde possam compensar seus investimentos. O Brasil, portanto,
seria perfeito: no País a doença é endêmica e, ao contrário da África,
possui recursos para a vacina.
Os testes da terceira fase do imunizante desenvolvido pela Sanofi
serão iniciados neste ano, com 30 mil pessoas. O Brasil fará parte
desses testes. Se a eficácia do produto for comprovada, o primeiro
pedido de registro e autorização será feito em 2013. Para a Sanofi, a
meta é a de ter o produto no mercado mundial já em 2015. "Caminhamos
para o controle de mais uma doença. Para alguns países, isso será
fundamental", afirmou o vice-presidente da Sanofi, Michael Watson.
Jornal O Povo on line - 22.02.2011| 09:42
multinacionais buscam locais onde possam compensar seus investimentos
Noventa anos após iniciados os primeiros estudos, a vacina contra a
dengue entra na fase final de preparação e o Brasil pode ser o
primeiro país a recebê-la. Em março, executivos da empresa francesa
Sanofi Pasteur desembarcarão em Brasília para propor ao governo
federal um acordo para que o País tenha prioridade na distribuição do
imunizante.
A corrida pelo Brasil não ocorre por acaso. Considerada uma vacina
para atacar uma doença comum em países pobres, multinacionais buscam
locais onde possam compensar seus investimentos. O Brasil, portanto,
seria perfeito: no País a doença é endêmica e, ao contrário da África,
possui recursos para a vacina.
Os testes da terceira fase do imunizante desenvolvido pela Sanofi
serão iniciados neste ano, com 30 mil pessoas. O Brasil fará parte
desses testes. Se a eficácia do produto for comprovada, o primeiro
pedido de registro e autorização será feito em 2013. Para a Sanofi, a
meta é a de ter o produto no mercado mundial já em 2015. "Caminhamos
para o controle de mais uma doença. Para alguns países, isso será
fundamental", afirmou o vice-presidente da Sanofi, Michael Watson.
Jornal O Povo on line - 22.02.2011| 09:42
domingo, 20 de fevereiro de 2011
SANEAMENTO BÁSICO AJUDA NO COMBATE AO MOSQUITO DA DENGUE
Números reveladores do último Levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa) de 2010 apontam que, existe relação entre a alta ocorrência de casos de dengue e a falta de Saneamento Básico.
A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo e Agência CNM. O mapeamento mostrou que a incidência foi mais elevada nas regiões que não possuem água canalizada – nas torneiras – e que são submetidas a rodízios. Nos bairros com precariedade ou falta de saneamento, geralmente a comunidade estoca água em baldes, caixas ou outros sistemas improvisados e sem segurança.
O relatório aponta que, no Nordeste, 72% dos focos encontrados estavam em depósitos de água. Enquanto no Norte, 48% das larvas estavam em tonéis, tambores e poços. Já os antigos focos como: vasos, lajes, piscinas e pneus apareceram bem pouco nas estatísticas. No Norte, apenas 22,6% dos criadouros estavam nesses pontos.
A pesquisa promovida pelo Ministério da Saúde mostrou que, além de investimento em campanhas de conscientização e vigilância de focos, é fundamental universalizar os serviços de Saneamento para combater a dengue no País. As atividades de Saneamento são: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo da água das chuvas, coleta e destinação de resíduos sólidos e a preservação dos mananciais.
Para o ano de 2011, o Governo deve destinar R$ 4,8 bilhões para obras de Saneamento as prefeituras e aos governos estaduais. Recursos que, na maior parte, vêm das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, os Municípios só têm acesso a esta verba por meio de elaboração e apresentação de projeto.
Em relação ao acesso aos recursos para este tipo de obras, o superintendente executivo da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais, Walder Suriani, ressaltou – durante entrevista a Rádio Nacional – que o principal entrave é a burocracia.
MATÉRIA POSTADA NO SITE ICÓ É NOTICIA...
A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo e Agência CNM. O mapeamento mostrou que a incidência foi mais elevada nas regiões que não possuem água canalizada – nas torneiras – e que são submetidas a rodízios. Nos bairros com precariedade ou falta de saneamento, geralmente a comunidade estoca água em baldes, caixas ou outros sistemas improvisados e sem segurança.
O relatório aponta que, no Nordeste, 72% dos focos encontrados estavam em depósitos de água. Enquanto no Norte, 48% das larvas estavam em tonéis, tambores e poços. Já os antigos focos como: vasos, lajes, piscinas e pneus apareceram bem pouco nas estatísticas. No Norte, apenas 22,6% dos criadouros estavam nesses pontos.
A pesquisa promovida pelo Ministério da Saúde mostrou que, além de investimento em campanhas de conscientização e vigilância de focos, é fundamental universalizar os serviços de Saneamento para combater a dengue no País. As atividades de Saneamento são: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo da água das chuvas, coleta e destinação de resíduos sólidos e a preservação dos mananciais.
Para o ano de 2011, o Governo deve destinar R$ 4,8 bilhões para obras de Saneamento as prefeituras e aos governos estaduais. Recursos que, na maior parte, vêm das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, os Municípios só têm acesso a esta verba por meio de elaboração e apresentação de projeto.
Em relação ao acesso aos recursos para este tipo de obras, o superintendente executivo da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais, Walder Suriani, ressaltou – durante entrevista a Rádio Nacional – que o principal entrave é a burocracia.
MATÉRIA POSTADA NO SITE ICÓ É NOTICIA...
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Ao longo da leitura percebemos que a degradação ambiental e a situação atual do trabalho da sociedade e a conseqüente queda na qualidade de vida e aumento da desigualdade/exclusão social, estão a exigir no nosso entender uma discussão que aprofunde a articulação entre trabalho, meio ambiente e desenvolvimento econômico, pois se questiona até que ponto os recursos naturais e a humanidade suportarão o modelo hegemônico de produção, trabalho e consumo.
A utilização irracional dos recursos naturais, a partir da ausência de consciência comprometida com a responsabilidade ambiental é um dos maiores desafios a serem enfrentados em um novo contexto social de desenvolvimento na atualidade. Nesta conjuntura, um novo paradigma deverá está posto: o de buscar alternativas de produção que minimizem os danos ao ambiente e permitam a renovação de seus recursos.
Nas palavras de Leonardo Boff um dos maiores desafios da humanidade é buscar o desenvolvimento dentro de uma perspectiva da sustentabilidade.
Os problemas ambientais, talvez os mais sérios vividos pela humanidade, como por exemplo a fome e situação de miserabilidade de milhões de indivíduos do mundo, parecem estar suscitando fortes sinais de resistência aos velhos paradigmas, com o surgimento de um corrente como indicadora de uma nova consciência.
É preciso destacar, portanto que os problemas ambientais, neste início de terceiro milênio, felizmente, já estão sendo o tema central das discussões em vários foros pelo mundo a fora. Percebemos os sinais de que a humanidade caminha para um melhor momento, em que conviverá com o meio ambiente de forma mais equilibrada, colocando-se apenas como parte dele e não como seu senhor supremo.
É possível verificar isto através da promoção da gestão ambiental, criação de normas de controle entre outros relacionados ao processo de evolução ambiental atual.
Lembramos também que nada disso dará resultado se não houver uma mudança de comportamento a partir de cada indivíduo. No meu entendimento, a sustentabilidade tem início na subjetividade do ser, quando o sentimento individualista, inerente ao ser humano, for superado pelo coletivo. Portanto não há formas de garantir processos sustentáveis, se os agentes destes não representarem seus papéis nesta engrenagem.
A utilização irracional dos recursos naturais, a partir da ausência de consciência comprometida com a responsabilidade ambiental é um dos maiores desafios a serem enfrentados em um novo contexto social de desenvolvimento na atualidade. Nesta conjuntura, um novo paradigma deverá está posto: o de buscar alternativas de produção que minimizem os danos ao ambiente e permitam a renovação de seus recursos.
Nas palavras de Leonardo Boff um dos maiores desafios da humanidade é buscar o desenvolvimento dentro de uma perspectiva da sustentabilidade.
Os problemas ambientais, talvez os mais sérios vividos pela humanidade, como por exemplo a fome e situação de miserabilidade de milhões de indivíduos do mundo, parecem estar suscitando fortes sinais de resistência aos velhos paradigmas, com o surgimento de um corrente como indicadora de uma nova consciência.
É preciso destacar, portanto que os problemas ambientais, neste início de terceiro milênio, felizmente, já estão sendo o tema central das discussões em vários foros pelo mundo a fora. Percebemos os sinais de que a humanidade caminha para um melhor momento, em que conviverá com o meio ambiente de forma mais equilibrada, colocando-se apenas como parte dele e não como seu senhor supremo.
É possível verificar isto através da promoção da gestão ambiental, criação de normas de controle entre outros relacionados ao processo de evolução ambiental atual.
Lembramos também que nada disso dará resultado se não houver uma mudança de comportamento a partir de cada indivíduo. No meu entendimento, a sustentabilidade tem início na subjetividade do ser, quando o sentimento individualista, inerente ao ser humano, for superado pelo coletivo. Portanto não há formas de garantir processos sustentáveis, se os agentes destes não representarem seus papéis nesta engrenagem.
PROGRAMA DE ASSISTENCIA INTEGRAL A SAUDE DA MULHER
É perceptível na sociedade que a cada dia a mulher ganha cada vez mais espaço pelo simples fato de executar funções, comportamento e realizar tarefas que sua competência auxilia perpassando assim o antigo monopólio masculino. Entender que mulheres e homens são diferentes, não só do ponto de vista físico e biológico, mas também na forma como entendem o mundo, como apresentam suas necessidades e como querem ser aceitos (as), valorizados (as) e entendidos (as), significa analisar estas questões sob a ótica do gênero.
Mediante este contexto é necessário termos a compreensão, sob vários aspectos, as questões que estão relacionadas com as ações preconizadas para atender às demandas de saúde da mulher. A maior parte dos adultos que procuram os serviços de saúde são mulheres que apresentam diversas necessidades, esperando que sejam atendidas. É importante ressaltar que o índice de abandono dos tratamentos de saúde é significativo e relaciona-se com a dificuldade em receber atendimento e a forma como os profissionais atendem as pacientes, muitas vezes de forma desinteressada e desrespeitosa.
Podemos constatar que muitas são causas que levam a mulher ao adoecimento e à morte e que estas causas estão diretamente relacionadas às condições e hábitos de vida. Deste modo para compreendermos os seus problemas de saúde é importante pensar como as mulheres vivem atualmente e os novos hábitos que vêm adquirindo.
Através de seu modo de vida, suas necessidades, seus valores e ações cada vez mais peculiares a mulher se coloca como ser ativo no processo de formação de políticas publicas direcionadas a mesma cobrando ações que sejam coerentes com o que precisam para sua saúde. O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) mostra-se como uma ferramenta eficaz destacando uma importante ação dos profissionais, oferecendo assistência à mulher através da educação em saúde, nem sempre muito valorizada, em seus diversos aspectos como a valorização de seus direitos e seus benefícios sobre a assistência de saúde como o cuidado na gestação e puerpério, seus direitos de assistência ginecológica e climatério através de seus protocolos, citando também a importância devida sobre os aspectos legais e assistenciais a integridade física e psíquica destas mulheres.
Desta forma, o PAISM propõe novas formas de relacionamento entre profissionais de saúde e as usuárias dos serviços, sendo baseado no respeito mútuo possuindo no íntimo como objetivos reconhecer a mulher como cidadã dotada de direitos e como uma pessoa inteira, onde a história do seu corpo e de sua vida tem importância fundamental, para que ela possa expressar o que sente e, a partir deste fundamento, possa ser ouvida e compreendida nas suas necessidades.
Mediante este contexto é necessário termos a compreensão, sob vários aspectos, as questões que estão relacionadas com as ações preconizadas para atender às demandas de saúde da mulher. A maior parte dos adultos que procuram os serviços de saúde são mulheres que apresentam diversas necessidades, esperando que sejam atendidas. É importante ressaltar que o índice de abandono dos tratamentos de saúde é significativo e relaciona-se com a dificuldade em receber atendimento e a forma como os profissionais atendem as pacientes, muitas vezes de forma desinteressada e desrespeitosa.
Podemos constatar que muitas são causas que levam a mulher ao adoecimento e à morte e que estas causas estão diretamente relacionadas às condições e hábitos de vida. Deste modo para compreendermos os seus problemas de saúde é importante pensar como as mulheres vivem atualmente e os novos hábitos que vêm adquirindo.
Através de seu modo de vida, suas necessidades, seus valores e ações cada vez mais peculiares a mulher se coloca como ser ativo no processo de formação de políticas publicas direcionadas a mesma cobrando ações que sejam coerentes com o que precisam para sua saúde. O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) mostra-se como uma ferramenta eficaz destacando uma importante ação dos profissionais, oferecendo assistência à mulher através da educação em saúde, nem sempre muito valorizada, em seus diversos aspectos como a valorização de seus direitos e seus benefícios sobre a assistência de saúde como o cuidado na gestação e puerpério, seus direitos de assistência ginecológica e climatério através de seus protocolos, citando também a importância devida sobre os aspectos legais e assistenciais a integridade física e psíquica destas mulheres.
Desta forma, o PAISM propõe novas formas de relacionamento entre profissionais de saúde e as usuárias dos serviços, sendo baseado no respeito mútuo possuindo no íntimo como objetivos reconhecer a mulher como cidadã dotada de direitos e como uma pessoa inteira, onde a história do seu corpo e de sua vida tem importância fundamental, para que ela possa expressar o que sente e, a partir deste fundamento, possa ser ouvida e compreendida nas suas necessidades.
ATENÇÃO VOLTADA A MULHER ACOMETIDA POR VIOLÊNCIA
No Brasil, assim como em diversos países do mundo, a violência direcionada a mulher, sendo a mais comum a sexual, constitui um sério problema de saúde pública por ser uma das principais causas de morbidade e mortalidade feminina. A violência baseada em questões de gênero é também uma violação dos direitos humanos. Acomete mulheres de todas as idades, de diferentes níveis econômicos e sociais, em espaço público ou privado e em qualquer fase de sua vida.
Nos serviços de saúde, a mulher violentada sexualmente necessita de acolhimento, fator fundamental para a humanização da assistência à saúde e essencial para que se estabeleça um relacionamento de forma adequada entre o profissional e a cliente.
Ao observar as ações de saúde em nosso contexto percebemos que poucos serviços de saúde têm oferecido atendimento multidisciplinar às mulheres vítimas de violência sexual, no entanto, observamos uma prática intensa de atendimento junto aos profissionais de saúde visto que esses profissionais são os que estão em contato intimo com estas acometidas por este processo.
Observamos durante o estudo que a lei federal 10.778/2003 estabelece a notificação compulsória, no território nacional, dos casos de violência contra a mulher atendida em serviços de saúde públicos ou privados. A notificação é um importante instrumento para o planejamento de políticas públicas para eliminar a violência contra a mulher, tendo como base as informações coletadas pelos serviços de saúde, tais como: onde a violência acontece, que tipo de violência ocorre com mais freqüência, quem comete a violência, qual é o perfil da mulher que sofre a violência, etc.
No entanto, apesar de ganhos e compromissos firmados, as promessas ainda não se materializaram para muitas mulheres, adolescentes e crianças do sexo feminino. Desde as crianças excluídas da educação em razão do gênero até adolescentes que podem morrer em decorrência de problemas relacionados à gravidez e ao parto, ou que enfrentam violência e abuso sexual, a discriminação de gênero leva a violações de direitos que repercutirão em todo o ciclo de vida.
Diante disso percebemos a real necessidade de uma intensificação de ações educacionais voltadas para a sensibilização da sociedade masculina no intuito de modificar essa realidade. Estas ações podem ser realizadas de forma ímpar pelos profissionais que atuam e integram a rede de atenção a saúde das mulheres. Podemos ainda destacar a profunda necessidade de maior investimento na educação permanente no serviço que atende esta clientela, bem como o fortalecimento da descentralização e articulação intra-institucional e intersetorial, bem como escolas, poderes públicos, delegacias, profissionais da área jurídica e de saúde e a sociedade civil, criando desta forma um sistema de referência para a prestação de uma atenção qualificada as necessidades das mulheres vitimas de violência sexual.
Nos serviços de saúde, a mulher violentada sexualmente necessita de acolhimento, fator fundamental para a humanização da assistência à saúde e essencial para que se estabeleça um relacionamento de forma adequada entre o profissional e a cliente.
Ao observar as ações de saúde em nosso contexto percebemos que poucos serviços de saúde têm oferecido atendimento multidisciplinar às mulheres vítimas de violência sexual, no entanto, observamos uma prática intensa de atendimento junto aos profissionais de saúde visto que esses profissionais são os que estão em contato intimo com estas acometidas por este processo.
Observamos durante o estudo que a lei federal 10.778/2003 estabelece a notificação compulsória, no território nacional, dos casos de violência contra a mulher atendida em serviços de saúde públicos ou privados. A notificação é um importante instrumento para o planejamento de políticas públicas para eliminar a violência contra a mulher, tendo como base as informações coletadas pelos serviços de saúde, tais como: onde a violência acontece, que tipo de violência ocorre com mais freqüência, quem comete a violência, qual é o perfil da mulher que sofre a violência, etc.
No entanto, apesar de ganhos e compromissos firmados, as promessas ainda não se materializaram para muitas mulheres, adolescentes e crianças do sexo feminino. Desde as crianças excluídas da educação em razão do gênero até adolescentes que podem morrer em decorrência de problemas relacionados à gravidez e ao parto, ou que enfrentam violência e abuso sexual, a discriminação de gênero leva a violações de direitos que repercutirão em todo o ciclo de vida.
Diante disso percebemos a real necessidade de uma intensificação de ações educacionais voltadas para a sensibilização da sociedade masculina no intuito de modificar essa realidade. Estas ações podem ser realizadas de forma ímpar pelos profissionais que atuam e integram a rede de atenção a saúde das mulheres. Podemos ainda destacar a profunda necessidade de maior investimento na educação permanente no serviço que atende esta clientela, bem como o fortalecimento da descentralização e articulação intra-institucional e intersetorial, bem como escolas, poderes públicos, delegacias, profissionais da área jurídica e de saúde e a sociedade civil, criando desta forma um sistema de referência para a prestação de uma atenção qualificada as necessidades das mulheres vitimas de violência sexual.
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