sábado, 8 de janeiro de 2011

FACULDADE VALE DO SALGADO MARCA PRESENÇA NA SEMANA DA JUVENTUDE DO CENTRO EDUCACIONAL DE REFERENCIA PADRE JOSÉ ALVES DE MACEDO

Entre os dias 09 e 12 de novembro de 2010 o Centro Educacional de Referencia Padre josé Alves de Macedo - CEREPJAM realizou em sua unidade de ensino a Semana da Juventude – CEREPJAM. O evento abordou no decorrer da semana os mais variados temas que contribuem com a formação do jovem. Durante a mesma a Faculdade Vale do Salgado colaborou de forma ímpar com a participação de profissionais de gabarito abordando temas como:
MERCADO DE TRABALHO – PROF. VILEIMAR (Curso de Administração)
MOTIVAÇÃO – PROF. LUIZ GERALDO (Diretor de Marketing da FVS)
DROGAS NA SOCIEDADE – PROF. SONILDE SARAIVA (Coordenadora do Curso de Serviço Social)
EDUCAÇÂO SEXUAL – PROF. HILDSON LEANDRO (Prof. do Curso de Enfermagem e Coordenador do Curso Técnico de Enfermagem).
Abaixo fotos do evento...







PROFESSORAS ANGELA E GIVALDA - MENTORAS DO PROJETO DE EDUCAÇÃO SEXUAL


OBS. ESTA ÚLTIMA FOTO PASSA MUITO BEM A IDÉIA E O OBJETIVO DE MINHA VIDA. ENSINO COM ALEGRIA. E ISSO ESTA A SUA DISPOSIÇÃO NA FACULDADE VALE DO SALGADO.

FVS- CRESCENDO JUNTO COM VOCÊ...

FACULDADE VALE DO SALGADO MARCA PRESENÇA NA FEIRA REGIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROMOVIDA PELA CREDE 17.

NO DIA 12 DE NOVEMBRO DE 2010 OCORREU NA CIDADE DE ICÓ, NO CENTRO EDUCACIONAL DE REFERENCIA PADRE JOSÉ ALVES DE MACEDO A FEIRA REGIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO ESTADO PROMOVIDO PELA CREDE 17. A FEIRA CONTOU COM A PRESENÇA DOS ALUNOS DE VÁRIAS CIDADES ABORDADOS PELA CREDE 17 ASSIM COMO APRESENTAÇÃO DE DANÇAS CULTURAIS. PARA FORTALECER A PARCERIA ENTRE A FVS E PROMOVER AÇÕES DE UTILIDADE PUBLICA, ALUNOS DA FVS, SOB COORDENAÇÃO DO PROF. HILDSON LEANDRO, E ALUNOS DA UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI SOB COORDENAÇÃO DA DRA. KERMA MARCIA FREITAS ESTIVERAM PRESENTES REALIZANDO AS MAIS DIVERSAS AÇÕES COMO TIPAGEM SANGUÍNEA, MENSURAÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL, ORIENTAÇÕES DE HIGIENE, DIETA E ESTIMULAÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS, MENSURAÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR E VACINAÇÃO. A SEGUIR IMAGENS DO EVENTO...
STAND DA FACULDADE VALE DO SALGADO









FVS - CRESCENDO COM VOCÊ..

FACULDADE VALE DO SALGADO MARCA PRESENÇA NO ENCONTRO DE ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DO CARIRI

Sobre a coordenação do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará o evento contou com a participação de vários profissionais de enfermagem das mais diversas categorias assim como de estudantes do curso de Enfermagem da Faculdade Leão Sampaio e da Faculdade Vale do Salgado.
Vários foram os temas debatidos como as especificidades da NR 32, a Gestão do Trabalho em Enfermagem e um grande debate sobre a Visibilidade Social e Qualidade da Formação dos Profissionais de Enfermagem.
Com muito brilantismo os alunos do curso de Enfermagem da Faculdade Vale do Salgado presenciaram este momento participando inclusive das discurssões. A seguir fotos do evento.







FACULDADE VALE DO SALGADO: É MUITO BOM FAZER PARTE DESSE TIME...
FVS - CRESCENDO COM VOCÊ

ENCONTRO DE ENFERMAGEM DO CARIRI


“A defesa da saúde e a qualidade de vida não é uma prerrogativa somente para os usuários da saúde pública é também de todos nós que a colocamos em prática, com nosso trabalho e compromisso. Por isso convidamos os representantes de todos os setores da Enfermagem para uma discussão aberta sobre os caminhos de nossa profissão”. Com essas palavras o Conselheiro Federal, Dr. Osvaldo Albuquerque Sousa Filho abriu a programação do 1 Encontro dos Profissionais de Enfermagem do Cariri, no auditório lotado da Faculdade Leão Sampaio (Campus Saúde) em Juazeiro do Norte, no Ceará.
O Diretor Presidente da Leão Sampaio, Professor Jairo Romero, enfatizou a importância de receber o presidente do Coren-CE, juntamente com as presenças do Dr. Manoel Carlos Neri da Silva (Presidente do Cofen), Dra. Sâmya Oliveira (Presidente da ABEn-CE) e o Dr. Augusto Benevides (representando o Sindicato dos Enfermeiros). Participaram ainda da mesa de abertura, os Conselheiros Federais Dr. Antonio Marcos Freire e Dr. Antônio José Coutinho de Jesus.
360 profissionais e estudantes de Enfermagem assistiram atentos aos temas do encontro. As especificidades da NR 32 também entraram no palco das discussões que exigem uma atenção maior das políticas públicas de saúde, com uma especialista no assunto, a Conselheira Federal Dra. Ivone Martini de Oliveira. A professora Dra. Eucléa Gomes do Vale, ex-presidente da ABEn destacou de forma brilhante a Gestão do Trabalho em Enfermagem e a Dra. Dorisdaia Carvalho (Cofen) levantou um grande debate ao abordar a Visibilidade Social e Qualidade da Formação dos Profissionais de Enfermagem.
502 kg de alimentos não perecíveis que foram arrecadados durante o evento, foram doados ao Instituto Anjos da Enfermagem, que mantém uma Casa de Apoio em Barbalha/CE para atender as famílias de crianças com câncer. Segundo a Dra. Jakeline Sheilla Duarte Pereira, fundadora da Instituição, os alimentos se transformarão em cestas básicas, que serão entregues às famílias cadastradas na ONG. O trabalho de responsabilidade social da Enfermeira foi reconhecido pelo Cofen e pelo Coren-CE que homenagearam a profissional pela seriedade com que conduz a Instituição.
Homenagens foram prestadas ainda, a Dra. Carmem Osterno – Coordenadora Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Dra. Mirian Sobreira - Deputada eleita no Ceará e Dra. Ana Maria Barreto de Araújo Couto - Destaque na Saúde no Município de Barbalha/CE.

Gel previne infecção por HIV em teste com macacas

Um gel experimental protegeu fêmeas de macacos contra o vírus HIV, responsável pela Aids, anunciaram cientistas na quarta-feira.

Submetidas a teste, que imita condições de transmissão do vírus por meio das relações sexuais, todas as macacas não se contaminaram com o tipo específico de vírus HIV que, nesse caso, atinge apenas esses símios.

Com fórmula que combina uma droga contra a Aids e um componente de zinco, o gel garantiu 24 horas de proteção, durante duas semanas, ao ser aplicado diariamente. Além disso, pouca quantidade é usada na aplicação.

Agora, o próximo passo esperado é o teste em humanos, segundo a pesquisadora Melissa Robbiani, do Conselho Populacional de Nova York (EUA), que contou com a colaboração do Instituto Nacional do Câncer e outros laboratórios.

Em julho do ano passado, pesquisadores desenvolveram um gel parecido com a droga Tenofovir, também contra a Aids, que reduziu em 39% a infecção por HIV entre mulheres por dois a dois anos e meio.

O gel testado pelo conselho americano tem em sua fórmula o MIV-150, uma droga desenvolvida pela companhia sueca Medivir. Como as demais drogas que agem contra a Aids, ele bloqueia a reprodução do vírus HIV no corpo.

CIENTISTAS CHILENOS DESENVOLVEM VACINA CONTRA ALCOOLISMO

SANTIAGO, 6 janeiro 2011 (AFP) - Cientistas chilenos trabalham no desenvolvimento da primeira vacina contra o alcoolismo, baseada em uma mutação genética presente em 20% da população asiática que, de forma natural, sofre consequências tão severas ao consumir álcool que isso inibe seu vício, explicou o médico coordenador do projeto.
Estas populações não têm um gene que produz a enzina "aldeído desidrogenase", que metaboliza o álcool no organismo. Sem essa enzina, ao beber "ocorre uma reação tão forte que as pessoas não tomam o álcool", explicou o médico da Universidade do Chile, Juan Asenjo, chefe dos pesquisadores, à rádio Cooperativa.
A vacina, portanto, aumentaria os enjoos, a sensação de náusea e a vasodilatação nos viciados. "Com a vacina, a vontade de beber será muito pequena devido às reações que terá", disse o médico.
O princípio já foi testado com sucesso em ratos alcoólatras, nos quais o consumo do álcool diminuiu em 50%. "A ideia é que nos seres humanos o consumo de álcool diminua entre 90 e 95%", acrescentou.
A vacina consiste em induzir a mutação nas células do fígado através de um vírus que transmite esta informação genética.
Atua sob o mesmo princípio sobre o qual são elaborados os parches e remédios utilizados para controlar o vício em álcool, mas sua eficácia seria maior porque, diferentemente das fórmulas anteriores, não depende da vontade imediata do paciente e tem menos efeitos colaterais.
"A vacina é específica para as células do fígado. Os emplastros (parches) afetam todas as células e têm muitos efeitos colaterais", explicou Asenjo.
Após demonstrar seu princípio ativo, os cientistas trabalham agora para cultivar as células necessárias para produzir o vírus em reatores e em grandes quantidades. Depois vem a fase de otimizar a produção, purificar o vírus e a aprovação por parte de diferentes comitês de ética e institutos de saúde pública.
"Durante este ano será feita a produção em grande escala e depois serão realizados testes pré-químicos em animais para determinar a dose. Posteriormente, em 2012, serão realizados testes químicos na fase 1 em humanos", explicou Asanjo.
Se os resultados em humanos forem bem-sucedidos, bastaria que o paciente tomasse a vacina uma vez por mês para começar a sentir os sintomas por um período prolongado, o que desestimularia o vício.
O alcoolismo é o principal fator de risco de doenças entre os chilenos e gera acidentes de trânsito, cirrose e depressões, que são as principais causas de morte no Chile, segundo um estudo oficial divulgado em setembro de 2008.

CIENTISTA CRIA CURATIVO INSPIRADO NO MEL


Inspirado pela estrutura química do mel, o cientista britânico Paul Davies, dono da empresa Archimed, desenvolveu um novo tipo de curativo que apressa a cicatrização. Para gente como o paciente Leonard Halsted, que ficou meses com uma ferida aberta na perna após uma operação para retirada de um tumor, a diferença pode ser crucial. Em poucas semanas com o novo curativo, a ferida começou a fechar.

"A cura foi quase milagrosa, a velocidade com que atuou, como ela diminuiu, inclusive a dor, em questão de dias. Em uma ou duas semanas, estava cicatrizada", disse Halstead.

Pensando no mel, Paul Davies combinou iodo e oxigênio em duas camadas de gel que interagem vagarosamente. Ele afirma que isso proporciona uma dupla ação, já que o iodo mata bactérias e o oxigênio estimula os glóbulos brancos do sangue que também matam bactérias, reforçando as defesas naturais do corpo. Só o Reino Unido gasta 4% do orçamento de saúde, ou seja, o equivalente a mais de R$ 5 bilhões por ano, no tratamento de feridas que não cicatrizam. Alguns pacientes chegam a passar anos tratando a mesma ferida, com casos de até 20 anos.
O novo curativo custa mais caro do que o convencional, mas Paul Davies acredita que, se for adotado, o sistema de saúde pública pode economizar muito em longo prazo.

CÉLULAS NEURAIS SOBREVIVEM AO TEMPO

Estudo realizado na Holanda mostrou que, diferentemente do que durante muitos anos os cientistas acreditaram, nem sempre ocorrem alterações patológicas no cérebro de idosos

Várias pesquisas mostram que a massa cerebral costuma diminuir em idosos. Segundo esses resultados, os corpos celulares da substância cinzenta seriam os que mais se atrofiariam com o passar dos anos. Há poucos meses, neurocientistas coordenados pela doutora em psiquiatria e neuropsicologia Saartje Burgmans, da Universidade de Maastricht, na Holanda, apresentaram mais uma indicação de que isso não acontece em todos os casos. Segundo os pesquisadores, o volume de massa cinzenta não encolhe obrigatoriamente em pessoas saudáveis, mesmo em idade avançada.


Os pesquisadores examinaram 44 voluntários em boas condições de saúde com 70 anos, em média. Em um extenso exame neuropsicológico, foram testadas a capacidade de orientação espacial, a memória e a compreensão linguística. Três anos depois, os pesquisadores repetiram os testes e constataram que dois terços dos idosos ainda não apresentavam nenhum sinal de perda das habilidades mentais. O restante, porém, teve resultados um pouco piores do que os anteriores.


Essa diferença se mostrou também no tomógrafo por ressonância magnética: nos voluntários que continuaram psiquicamente saudáveis, a substância cinzenta permaneceu constante, enquanto nos outros apareceu reduzida em várias regiões do cérebro, como no hipocampo e no lobo frontal. “Provavelmente nos estudos anteriores foram selecionados também os participantes que já sofriam de alterações patológicas do cérebro”, observa Saartje Burgmans. Segundo um estudo mais antigo, aproximadamente uma em cada cinco pessoas consideradas saudáveis, participantes de investigações sobre envelhecimento, já sofria de formas precoces de demência ainda não perceptíveis quando o estudo começou. Isso teria provavelmente levado à impressão de que o volume cerebral obrigatoriamente diminui.

Tumores pré-históricos colocam em debate o peso da vida moderna no câncer

Quando escavaram uma colina de sepultamento na região russa de Tuva, há aproximadamente dez anos, os arqueólogos literalmente encontraram ouro. Encurvados no chão de uma sala interna havia dois esqueletos, um homem e uma mulher, cercados por indumentárias reais de 27 séculos atrás: toucas e mantos adornados com imagens de ouro de cavalos, panteras e outros animais sagrados.

Mas para os paleopatologistas - estudiosos das doenças antigas -, o tesouro mais rico era a abundância de tumores em praticamente todos os ossos do corpo masculino. O diagnóstico: o caso de câncer na próstata mais antigo de que se tem notícia.

A próstata em si já havia se desintegrado há muito tempo. Porém, células malignas da glândula haviam migrado seguindo um padrão familiar, deixando cicatrizes identificáveis. Proteínas extraídas do osso testaram positivo para PSA (sigla em inglês para antígeno prostático específico).

Frequentemente considerado uma doença moderna, o câncer sempre esteve conosco. Onde os cientistas discordam é sobre o quanto ele foi amplificado pelos doces e amargos frutos da civilização. Ao longo das décadas, arqueólogos descobriram cerca de 200 casos possíveis de câncer datando de tempos pré-históricos. No entanto, considerando-se as dificuldades de extrair estatísticas de ossos antigos, isso significa pouco ou muito?

Um recente relatório de dois egiptólogos, publicado na revista "Nature Reviews: Cancer", revisou a literatura, concluindo que existe uma "arrebatadora raridade de perversidades" em antigos restos mortais humanos.

"A raridade do câncer na antiguidade sugere que tais fatores se limitam a sociedades que são afetadas por questões da vida moderna, como o uso do tabaco e a poluição industrial", escreveram os autores, A. Rosalie David, da Universidade de Manchester, e Michael R. Zimmerman, da Universidade Villanova. Também entram na lista obesidade, hábitos alimentares, práticas sexuais e reprodutivas, e outros fatores frequentemente alterados pela civilização.

Na internet, relatos da mídia fizeram a questão soar inequívoca: "O câncer é uma doença criada pelo homem"; "A cura para o câncer: viver como em nos velhos tempos". Mesmo assim, muitos especialistas médicos e arqueólogos não ficaram tão impressionados.

Expectativa de vida

"Não existem razões para achar que o câncer é uma doença nova", disse Robert A. Weinberg, um pesquisador de câncer do Instituto Whitehead de Pesquisa Biomédica, em Cambridge, Massachusetts, e autor do livro didático "A Biologia do Câncer". "Em tempos passados, a doença era menos comum porque as pessoas acabavam morrendo cedo, por outros motivos".

Outra consideração, segundo ele, é a revolução na tecnologia médica: "Hoje, nós diagnosticamos muitos cânceres - de mama e de próstata - que, em épocas passadas, teriam passado despercebidos e sido levados ao túmulo quando a pessoa morresse de outras causas, não relacionadas".

Mesmo com tudo isso sendo contabilizado, existe um problema fundamental em estimar a ocorrência de câncer na antiguidade. Duzentos casos podem não parecer muito. Mas a escassez de evidências não é uma prova de escassez. Tumores podem permanecer ocultos dentro dos ossos, e aqueles que fazem seu caminho para fora podem fazer com que o osso se desintegre e desapareça. Mesmo com todos os esforços dos arqueólogos, somente uma fração da pilha de ossos humanos foi coletada, sendo impossível saber o que permanece escondido por baixo.

Anne L. Grauer, presidente da Associação de Paleopatologia e antropóloga da Universidade Loyola de Chicago, estima que existam cerca de 100 mil esqueletos nas coleções osteológicas do mundo todo, e uma grande maioria não foi examinada por raios-X ou estudada com técnicas mais modernas.

Segundo uma análise da Agência de Referência da População, o total acumulado de todos que viveram e morreram até o ano 1 d.C. já se aproximava de 50 bilhões, e havia quase dobrado em 1750 (essa análise refuta a comum afirmação de que haveria mais pessoas vivas hoje do que o total que já viveu na terra). Se essa conta se confirmar, o número de esqueletos no banco de dados arqueológico mal representaria um décimo milésimo de 1 por cento do total.

Nessa minúscula amostra, nem todos os restos mortais estão completos. "Por um bom tempo, os arqueólogos só coletaram crânios", afirmou Heather J.H. Edgar, curadora de osteologia humana do Museu Maxwell de Antropologia da Universidade do Novo México. "Para a maioria, não há como saber o que o resto dos esqueletos poderia dizer sobre a saúde daquelas pessoas".

Então como os cientistas podem avaliar, por exemplo, a importância dos poucos exemplos fossilizados de osteossarcoma, um raro câncer nos ossos que afeta principalmente pessoas jovens? O caso mais antigo foi provavelmente encontrado em 1932, pelo antropólogo Louis Leakey, num parente pré-histórico do homem. Hoje, a incidência anual de osteossarcoma entre jovens com menos de 20 anos é de aproximadamente cinco casos a cada 1 milhão de pessoas.

"Seria preciso examinar dez mil indivíduos para encontrar um caso", disse Mel Greaves, professor de biologia celular no Instituto de Pesquisa do Câncer, na Inglaterra, e autor de "Cancer: The Evolutionary Legacy" (Câncer: O legado evolutivo, em tradução livre). Ainda não foi examinado um número suficiente de restos mortais adolescentes, disse ele, para chegar a uma conclusão significativa.

Existem mais complicações: mais de 99% dos casos de câncer se originam não nos ossos, mas em órgãos mais macios, que entram rapidamente em declínio. A menos que o câncer se espalhe para os ossos, ele provavelmente não será registrado.

Múmias

Teoricamente, as múmias antigas seriam uma exceção. Porém, também aqui as descobertas foram poucas.

Apenas em raras ocasiões os patologistas conseguem colocar as mãos numa múmia comparativamente recente, como Ferrante 1º de Aragon, rei de Nápoles, morto em 1494. Quando seu corpo foi autopsiado, cinco séculos depois, descobriram que um adenocarcinoma, que começa em tecidos glandulares, havia se espalhado aos músculos da bacia.

Um estudo molecular revelou um erro tipográfico num gene que regula a divisão celular - um G havia se tornado um A -, o que sugeria câncer colorretal. A causa, segundo os autores, poderia ser um consumo exagerado de carne vermelha.

Ao longo dos anos, centenas de múmias egípcias e sulamericanas geraram alguns outros casos. Um raro tumor, chamado rabdomiosarcoma, foi encontrado no rosto de uma criança chilena que viveu em algum ponto entre 300 e 600 d.C.

Zimmerman, coautor da recente revisão, descobriu um carcinoma retal numa múmia do período entre 200 e 400 d.C., e ele confirmou o diagnóstico com uma análise microscópica do tecido - a primeira, segundo ele, na paleopatologia egípcia.

"A verdade é que o número de múmias e esqueletos realmente antigos com evidências de câncer é insignificante", explicou ele. "Simplesmente não conseguimos encontrar nada como a incidência moderna de câncer".

Embora a expectativa de vida média fosse menor no Egito antigo do que atualmente, Zimmerman afirma que muitos indivíduos, especialmente os ricos, viviam tempo o bastante para contrair outras doenças degenerativas. Sendo assim, por que não o câncer?

Outros especialistas sugeriram que a maioria dos tumores teria sido destruída pelos invasivos rituais da mumificação egípcia. Porém, num estudo publicado em 1977, Zimmerman mostrou que era possível as evidências sobreviverem.

Em um experimento, ele coletou o fígado de um paciente moderno que havia sucumbido ao câncer metastático no cólon, o secou num forno e em seguida o reidratou - demonstrando, segundo ele, que "as características do câncer são bem preservadas pela mumificação, e que tumores mumificados ficam, na realidade, mais bem preservados que o tecido comum".

Esqueletos

Quanto aos esqueletos, porém, o problema permanece: considerando-se o tamanho reduzido da amostra, exatamente quanto de câncer os cientistas deveriam esperar encontrar?

Para se ter uma ideia por alto, Tony Waldron, paleopatologista da University College London, analisou relatos de mortalidade humana de 1901 a 1905 - período recente o bastante para garantir registros razoavelmente bons, e antigo o bastante para evitar contaminar os dados com, por exemplo, o pico do câncer de pulmão nas últimas décadas devido à popularidade do cigarro.

Contabilizando variações na expectativa de vida e a probabilidade de diferentes males se espalharem aos ossos, ele estimou que, numa "montagem arqueológica", o câncer poderia ser esperado em menos de 2% dos esqueletos masculinos, e entre 4 e 7% dos esqueletos femininos.

Andreas G. Nerlich e colegas, em Munique, testaram a previsão em 905 esqueletos de duas necrópoles egípcias da antiguidade. Com a ajuda de raios-X e exames de tomografia computadorizada, eles diagnosticaram cinco cânceres - número compatível com as expectativas de Waldron. E, conforme previam suas estatísticas, 13 cânceres foram encontrados em 2.547 restos mortais enterrados num ossário do sul da Alemanha entre 1400 e 1800 d.C.

Para ambos os grupos, segundo os autores, os tumores malignos "não apareceram numa quantidade significativamente menor que a esperada", em comparação com a Inglaterra do início do século 20. Eles concluíram que "a atual elevação da frequência de tumores nas populações presentes está muito mais relacionada ao aumento da expectativa de vida do que a fatores básicos ambientais ou genéticos".

Com tão pouco material para prosseguir, a arqueologia pode nunca obter uma resposta definitiva. "Podemos dizer que o câncer certamente existia, e provavelmente numa frequência menor do que a atual", disse Arthur C. Aufderheide, professor emérito de patologia na Universidade de Minnesota e co-autor da Enciclopédia de Paleopatologia de Cambridge. Esse pode ser o máximo de certeza que jamais teremos.

Conforme os cientistas continuam investigando, pode haver algum consolo em saber que o câncer não é inteiramente culpa da civilização. No curso natural da vida, as células de uma criatura precisam estar constantemente se dividindo - milhões de vezes por segundo. Algumas vezes, algo sairá errado.

"Quando você cria complexos organismos multicelulares e permite que células individuais proliferem, o câncer se torna uma inevitabilidade", disse Weinberg, do Instituto Whitehead. "Ele é simplesmente uma consequência da crescente entropia, crescente desordem".

Ele não estava sendo fatalista. Ao longo das gerações, os corpos criaram barreiras formidáveis para manter células rebeldes na linha. Parar de fumar, perder peso, comer alimentos saudáveis e tomar outras medidas preventivas pode adiar o câncer por décadas. Até morrermos de outra coisa.

"Se vivêssemos por tempo suficiente", observou Weinberg, "mais cedo ou mais tarde todos nós teríamos câncer".

TEXTO DE MINHA REFERENCIA PROFISSIONAL - PAULO FREIRE

Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Paulo Freire

TEXTO DE ELISA LUCINDA..PERFEITO

Eu queria ler um textinho aqui da Elisa Lucinda, chama-se Só de sacanagem.

Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!
Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!
E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.'
Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.
Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'
E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!


COM ESTE TEXTO INICIAMOS A RETOMADA DAS POSTAGENS DO NOSSO BLOG. GRANDE ABRAÇO...