“Enfrentamos resistências, movimentos contrários, mas a determinação dos obstinados por saúde de qualidade para todos, foi mais forte. A Residência de Medicina em Emergência foi iniciada em 12 de maio de 2008 e hoje estamos aqui na solenidade de conclusão dos três anos de formação”, afirmou, emocionada, a médica Alessandra Oliveira Leitão, um das quatro novas emergencistas formadas na primeira Residência de Medicina de Emergência realizada no Ceará, Norte e Nordeste, pela Secretaria da Saúde do Estado. A solenidade de conclusão da primeira turma ocorreu na manhã desta quinta-feira, 9, no auditório da Sesa, com a participação de gestores, políticos, trabalhadores e familiares dos novos especialistas.
Para os novos especialistas, o secretário da saúde do Estado, fez questão de destacar os nomes dos quatro como importantes profissionais de um marco histórico para a saúde pública do Ceará: “Mais uma vez o Ceará sai na frente, faz história, contribuindo, efetivamente, para garantir a universalidade e integralidade do SUS”. Ele fez um resgate dos avanços e conquistas na saúde do Estado nos últimos cinco anos, que se somam ao pioneirismo da primeira Residência de Medicina de Emergência: “implantação dos consórcios públicos de saúde como modelo de gestão, construção de uma das maiores redes de assistência à saúde do país, criação do Fundo de Atenção Secundária à Saúde, e mais recentemente, no dia 10 deste mês, a incorporação do Hospital da Polícia Militar na estrutura da Sesa”.
14 hospitais
De sete hospitais da rede Sesa em 2007, com essa incorporação, contabiliza o secretário, o número aumenta para 14, incluindo o novo Hospital Regional do Cariri, já em funcionamento, o Hospital Regional Norte, em construção, o Hospital de Acaraú, com as obras prontas, o Hospital Regional do Sertão Central, que será construído em Quixeramobim, o Hospital Metropolitano, que ficará no eixo do Castelão. “Com mais leitos, melhor estrutura, o governo do Estado tem condições de ampliar e humanizar o atendimento à saúde da população, razão de ser do nosso planejamento e trabalho”, disse Arruda Bastos.
O deputado federal e secretário da saúde do Estado de 2007 até 2010, João Ananias, presente à solenidade, afirmou que incentivou a implantação da Residência “porque quem deve regular a oferta de especialidades é a necessidade do SUS e não interesses contrários a universalização do direito à saúde pública de qualidade”. Ele lembrou que “há três anos não foram poucas as interferências contrárias a Residência de Medicina em Emergência, mas não foram suficientes para desanimar profissionais com Fred Arnauld, que foi firme no sonho de tocar pra frente a Residência”.
Fred Arnauld, médico emergencista, é o coordenador da Residência. Somente ele estava mais emocionado do que os novos especialistas. Chorou lembrando dos desafios enfrentados. Chorou, em agradecimento, também pelos apoios recebidos dos diretores dos hospitais e dos gestores da Sesa. “Trabalhamos nas emergências mais do que por opção profissional. É opção de vida”, afirmou. Ele recebeu os primeiros médicos especialistas em medicina de emergência do Ceará uma placa de homenagem e de agradecimento.
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