domingo, 30 de janeiro de 2011

DIFERENÇAS NAS DIFERENÇAS

A comunicabilidade inter-profissional é fundamental para o processo de assistência em saúde. O desenvolvimento de atividades através de troca de informações é crucial visto a visão eclética destes profissionais no âmbito de prestar os cuidados necessários.

Não basta apenas ter uma eficaz comunicabilidade entre colegas quando nós não conhecemos a realidade do usuário. Como no texto diz os agentes comunitários de saúde favorecem este meio de alimentação de informações entre usuários e profissionais e assim o SUS deve estar organizado sempre para manter cada vez mais íntima essa aproximação paciente-profissional afim de haver uma maior interação profissional-paciente.

As histórias sobre atendimento médico ou de saúde que são contadas pelas pessoas raramente elogiam a habilidade desses profissionais em comunicar adequadamente e com eficácia. Habitualmente, as pessoas criticam os jargões que são utilizados, a ausência de feedback ao paciente e os cuidados despersonalizados. Não há dúvida de que a qualidade da comunicação com o profissional de saúde é importante para os pacientes. a comunicação precária entre o profissional de saúde e o paciente tem estado relacionada à baixa resolutividade e qualidade da assistência prestada, bem como a não adesão do paciente ao tratamento.

As pessoas freqüentemente julgam a adequação dos cuidados de saúde com base em critérios que são irrelevantes no que se refere à qualidade técnica. Embora sejamos capazes de discernir sobre um caso flagrante de incompetência, a maioria das pessoas não possui conhecimentos suficientes sobre medicina e padrões de atendimento que possibilitem uma avaliação sobre os cuidados recebidos.

Na medida em que as pessoas leigas são, de modo geral, juízes precários da qualidade técnica do cuidado, elas freqüentemente julgam esta qualidade técnica com base na maneira como o cuidado foi dispensado. Assim, um profissional interessado e atencioso é freqüentemente julgado como competente, enquanto um profissional frio pode ser julgado como incompetente tecnicamente. Na verdade, a qualidade técnica do cuidado e a maneira como este cuidado é dispensado são fatores independentes. Mesmo assim pode-se concluir que a comunicação entre o paciente e o profissional é um ponto essencial para os pacientes sentirem-se satisfeitos com a atenção de saúde recebida.

Muitos são os fatores que parecem desgastar ou prejudicar essa comunicação. Esses incluem aspectos do local do atendimento propriamente dito, a estrutura do sistema de saúde, os comportamentos dos profissionais e dos pacientes, bem como as características da interação entre ambos.

Os problemas de comunicação descritos acima podem acarretar conseqüências importantes no que se refere aos cuidados de saúde. Pacientes insatisfeitos possuem uma maior probabilidade de não voltarem a usar os serviços de saúde no futuro. Eles têm mais tendência a voltar aos serviços que satisfazem necessidades emocionais ao invés das necessidades médicas. Pacientes insatisfeitos têm menos probabilidade de fazer exames de rotina e tendem a procurar outro médico com freqüência.

Assim, constata-se que a interação insatisfatória entre o profissional de saúde e o paciente, além de aumentar os riscos da saúde dos pacientes, pois os afastam dos serviços, coloca problemas de custo e desperdício de tempo, comprometendo a resolutividade e a eficácia dos serviços de saúde.

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